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Corrupção & Controle: O Esquema Secreto da Censura da Internet no Turcomenistão
17/05/2025 , Alan Turing
Idioma: Português brasileiro

Há pelo menos duas décadas, o Turcomenistão figura entre os países com menor liberdade de expressão no mundo, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Empresas de tecnologia como a Cloudflare frequentemente registram apagões quase totais da internet no país e há bloqueio total de todas as redes sociais, aplicativos de mensagens, serviços de VPN e muitos serviços de nuvem.

Nos últimos três anos, o governo Turcomeno intensificou ainda mais esse controle com a criação de uma nova Agência de Cibersegurança, elevando a censura digital a níveis inéditos e restringindo severamente o uso de ferramentas anticensura como VPNs e Tor.

Recentemente, o site investigativo Turkmen.news revelou que essa crescente repressão online se converteu em um esquema altamente lucrativo.


Nos últimos cinco anos, o Projeto Tor vem monitorando e combatendo a censura da Internet no Turcomenistão, ao mesmo tempo em que fornece aos usuários(as) do Turcomenistão uma forma segura e gratuita de acessar a internet aberta e sem censura.

Ao contrário de países como China e Rússia, a censura no Turcomenistão permanece amplamente invisível ao público internacional. Essa falta de visibilidade contribui para a impunidade e a manutenção de um regime altamente isolado, com consequências profundas para os direitos humanos e o desenvolvimento socioeconômico da população.

Durante esse período, descobrimos evidências de como um mercado cinza se estabeleceu e vêm lucrando com o bloqueio e a venda de acesso à internet - transformando a repressão e a censura em um grande negócio lucrativo. Mais recentemente, o site investigativo Turkmen.news revelou um esquema altamente lucrativo operado pela nova agência de cibersegurança. No entanto, a censura online no Turcomenistão segue ignorada por agências internacionais.

Nesta sessão, também discutiremos as implicações desse isolamento extremo e como ele afeta não apenas a liberdade de expressão, mas também o acesso à informação, à educação e à comunicação com o mundo exterior.