17/05/2025 –, Ian Murdock
Idioma: Português brasileiro
A Curumim Erê, espaço de construção coletiva de tecnologias do cuidado, convida a todes para oficina para criação do protocolo de atendimento a famílias para promoção da segurança e bem estar de crianças e adolescentes na internet. Utilizando a metodologia do design centrado no humano, iremos identificar quais são as atividades, aplicações e rotinas necessárias para o acompanhamento familiar no uso da internet a partir da segmentação de idade, tipos de acesso e emergências digitais.
Que o Discord é perigoso todo mundo sabe, que o uso de redes sociais por crianças e adolescentes pode provocar transtornos alimentares e dismorfia corporal, todo mundo sabe, que jogos digitais podem estimular o vício e a misoginia, também. Mas como agir diante da realidade iminente do cotidiano? Mesmo não sendo um lugar feito para menores, de acordo com a TIC Kids mais de 95% dos brasileiros entre 9 e 17 anos de idade acessam à internet. Outra informação alarmante, declarado pela Juiza da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, Vanessa Cavalieri, é do aumento de contravenções cometidas por esta faixa etária através do uso de tecnologias como o bullying, racismo, pornografia de revange e deepfakes.
Existe um número considerável de materiais e recomendações do que pode ser feito para promover o cuidado no ambiente digital, entretanto limitações de tempo, conhecimento e letramento digital são alguns dos obstáculos enfrentados por pais e responsáveis. Se a responsabilidade pelo cuidado de crianças e adolescentes é da família, da sociedade e do Estado, a oficina Proteção a crianças e adolescentes na rede tem como finalidade criar um protocolo de suporte a famílias para ser executado por tecnologistas e defensores de direitos humanos.
Horrara Moreira é advogada e educadora popular, mestranda em direito da regulação pela Fundação Getúlio Vargas. Diretora da Curumim Erê, projeto que reune cuidado e tecnologia para o bem viver. Conselheira Municipal de Privacidade e Proteção de Dados no Rio de Janeiro. Pesquisadora, estuda o impacto de tecnologias digitais à populações vulneráveis. Possui publicações no eixo de direitos humanos e tecnologias. Foi coordenadora da Campanha pelo banimento do reconhecimento facial na segurança pública, a Tire Meu Rosto da sua Mira.