17/05/2025 –, Tula Pilar
Idioma: Português brasileiro
Nesta oficina técnica e colaborativa, os participantes terão a oportunidade de simular a criação de uma rede comunitária de internet a partir de um mapa territorial. Com foco nos aspectos técnicos da construção da rede, o exercício propõe uma imersão prática para pensar infraestrutura, cobertura, propagação de sinal e desafios físicos do território. A partir de um ponto de entrada de internet e recursos limitados, cada grupo deverá idealizar, planejar e desenhar uma rede que atenda às necessidades da comunidade local. A oficina convida a repensar a tecnologia de forma enraizada no território: uma infraestrutura de rede que nasce do olhar e da lógica da própria comunidade.
A oficina propõe um exercício técnico de planejamento e simulação da implantação de uma rede comunitária de internet. Com duração de 50 minutos, a atividade será dividida em duas partes: uma introdução expositiva (20 minutos) e um momento prático em grupo (30 minutos).
Na introdução, será apresentado o cenário atual das redes comunitárias no Brasil, com destaque para os desafios técnicos recorrentes na construção dessas infraestruturas em territórios diversos. Também serão explicados os principais componentes de uma rede comunitária (ponto de chegada da internet, propagação do sinal, escolha de equipamentos e topologia da rede) com base em exemplos reais.
Na etapa prática, os participantes serão divididos em pequenos grupos e receberão um mapa de uma localidade com características geográficas e sociais variadas. A missão será idealizar, a partir do zero, uma rede comunitária de internet que leve em conta os obstáculos físicos (relevo, distância, barreiras arquitetônicas), a distribuição dos equipamentos (roteadores, antenas, pontos de repetição) e a cobertura necessária para atender a comunidade. Os grupos deverão tomar decisões técnicas com base em critérios de funcionalidade e impacto social, idealizando como seria uma rede feita com e para a comunidade.
Mais do que um exercício técnico, a oficina convida à reflexão: como seria uma internet construída não apenas para conectar, mas para fortalecer o território? Como podemos imaginar outra lógica de tecnologia, uma que seja comunitária desde a sua infraestrutura?
Ao final, os grupos apresentam brevemente suas propostas, compartilhando os desafios e escolhas que enfrentaram.
Advogada e pesquisadora. Mestranda em Direito pela Universidade Federal do Paraná na linha de pesquisa de Direitos Humanos. Integrante da coordenação das Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana. Foi consultora do projeto “Conectividade Significativa Centrada em Comunidades” da Locnet (APC e Rhizomatica), representando a Internet Society — Capítulo Brasil. Integra os Grupos de Trabalho de Conectividade Significativa e Responsabilidade de Intermediários da Internet Society. Faz parte do Comitê de Redes Comunitárias.
Cientista social, mestranda em Sociologia e Antropologia no PPGSA/UFRJ e pesquisadora no Laboratório de Estudos Digitais (LED/UFRJ). Atualmente, atua como pesquisadora do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS/BH). Foi pesquisadora e consultora no desenvolvimento da Estratégia Nacional de Conectividade Significativa, da Iniciativa Local Networks, representando a Internet Society Capítulo Brasil (ISOC Brasil). É membro dos grupos de trabalho de Conectividade Significativa e de Responsabilidade de Intermediários da ISOC Brasil. Participou do Programa Youth do CGI.br em 2023 e 2024, sendo selecionada para participar do Internet Governance Forum da ONU, em Quioto, no Japão.
Integra a equipe de tecnologia do Instituto Nupef, oferecendo suporte ao Tiwa, um sistema autônomo voltado à sociedade civil sem fins lucrativos. A partir do Tiwa, contribui para projetos de resiliência e conectividade, preservação da memória da Internet brasileira, fortalecimento de territórios quilombolas e indígenas por meio das TICs e de adoção de boas práticas de cuidados digitais no terceiro setor e em movimentos sociais.