17/05/2025 –, Ada Lovelace
Idioma: Português brasileiro
Nesta oficina interativa, os participantes terão a oportunidade de idealizar uma rede comunitária do zero, compreendendo os desafios e soluções para conectar comunidades sem acesso adequado à internet. A atividade será dividida em duas partes: primeiro, uma exposição introdutória abordará os quatro pilares essenciais para a construção de uma rede comunitária – financiamento, apoio técnico, legalização e formação técnica. Em seguida, os participantes serão divididos em pequenos grupos e receberão um desafio: criar uma proposta realista para implementar uma rede comunitária em uma localidade específica. Cada grupo deverá considerar as necessidades da comunidade, identificar desafios e propor estratégias para a sustentabilidade da rede. Ao final, as propostas serão apresentadas e compiladas em um documento que será disponibilizado para organizações e financiadores interessados em apoiar projetos concretos. Essa atividade combina aprendizado prático com impacto social, proporcionando uma experiência dinâmica e colaborativa para fortalecer a conectividade significativa em diferentes territórios.
A oficina colaborativa pretende capacitar as e os participantes a idealizarem redes comunitárias do zero, abordando desafios técnicos, jurídicos e financeiros. Durante aproximadamente uma hora e vinte minutos, haverá uma estrutura dinâmica combinando aprendizado teórico e prática, permitindo a criação de propostas realistas e viáveis para conectar comunidades. Inicialmente, a partir de uma exposição introdutória de 30 minutos, as e os facilitadores apresentarão o conceito de redes comunitárias e sua importância na luta por conectividade significativa. Serão abordados os quatro pilares fundamentais para sua implementação e sustentabilidade. O primeiro é o financiamento, destacando modelos como financiamento coletivo, apoio de ONGs, subsídios públicos e estratégias de monetização. Em seguida, discute-se o apoio técnico necessário, enfatizando a importância da participação de engenheiros, técnicos e voluntários na infraestrutura e manutenção. O terceiro pilar é a legalização, que abrange a regulamentação, a gestão do espectro de frequência e desafios jurídicos para operar a rede de forma segura. Por fim, é tratada a formação técnica da comunidade, essencial para garantir autonomia na administração e manutenção da rede. Durante essa fase, exemplos práticos de redes comunitárias bem-sucedidas são apresentados para inspirar os participantes. Após a introdução, haverá uma divisão em pequenos grupos que recebem o desafio de projetar uma rede comunitária para uma localidade específica, considerando diversos fatores. As e os participantes devem analisar o perfil da comunidade, incluindo número de habitantes, infraestrutura disponível e desafios locais. Além disso, precisam definir um modelo de financiamento que viabilize a implementação e sustentabilidade do projeto. A escolha da infraestrutura técnica também é crucial, levando em conta a tecnologia mais adequada, como Wi-Fi, fibra óptica ou rádio. Outro ponto fundamental é a gestão e governança da rede, ou seja, como a comunidade poderá administrar e manter a rede a longo prazo. Por fim, os grupos devem propor estratégias de sustentabilidade, garantindo que a iniciativa continue operando mesmo após a fase inicial de implementação. Para apoiar o processo criativo, os grupos terão acesso a materiais de referência, estudos de caso e exemplos de redes já implementadas. A terceira etapa, com duração de 15 minutos, consiste na apresentação das propostas elaboradas pelos grupos. Cada equipe terá até cinco minutos para expor suas ideias. Todas as propostas serão compiladas em um documento coletivo, que poderá ser disponibilizado a organizações interessadas em apoiar financeiramente ou tecnicamente esses projetos. A oficina se encerra com um momento de reflexão e debate aberto sobre os desafios enfrentados na implementação de redes comunitárias. Os participantes são convidados a compartilhar contribuição e discutir como fortalecer a conectividade significativa em diferentes contextos, incentivando a colaboração e a criação de novas soluções para a conectividade significativa.
Advogada e pesquisadora. Mestranda em Direito pela Universidade Federal do Paraná na linha de pesquisa de Direitos Humanos. Integrante da coordenação das Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana. Foi consultora do projeto “Conectividade Significativa Centrada em Comunidades” da Locnet (APC e Rhizomatica), representando a Internet Society — Capítulo Brasil. Integra os Grupos de Trabalho de Conectividade Significativa e Responsabilidade de Intermediários da Internet Society. Faz parte do Comitê de Redes Comunitárias.
Cientista social, mestranda em Sociologia e Antropologia no PPGSA/UFRJ e pesquisadora no Laboratório de Estudos Digitais (LED/UFRJ). Atualmente, atua como pesquisadora do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS/BH). Foi pesquisadora e consultora no desenvolvimento da Estratégia Nacional de Conectividade Significativa, da Iniciativa Local Networks, representando a Internet Society Capítulo Brasil (ISOC Brasil). É membro dos grupos de trabalho de Conectividade Significativa e de Responsabilidade de Intermediários da ISOC Brasil. Participou do Programa Youth do CGI.br em 2023 e 2024, sendo selecionada para participar do Internet Governance Forum da ONU, em Quioto, no Japão.
Integra a equipe de tecnologia do Instituto Nupef, oferecendo suporte ao Tiwa, um sistema autônomo voltado à sociedade civil sem fins lucrativos. A partir do Tiwa, contribui para projetos de resiliência e conectividade, preservação da memória da Internet brasileira, fortalecimento de territórios quilombolas e indígenas por meio das TICs e de adoção de boas práticas de cuidados digitais no terceiro setor e em movimentos sociais.