CryptoRave 2025

Infraestruturas de ensino popular: Afeto, metodologia e ação. Como guiar um ensino de tecnologia que seja crítico e emancipador.
17/05/2025 , Ian Murdock
Idioma: Português brasileiro

A atividade tem como objetivo abordar brevemente o cenário dos documentos normativos de educação digital, como PNED e BNCC, e sua insuficiência pro contexto brasileiro; e também apresentar o projeto TecnoAncestral, conduzido pelo C-Partes (Centro de Pesquisa e Ativismo de Rondônia sobre Tecnologia, Estado e SocioBiodiversidade) com apoio da ReFarma, que realizou um trabalho de campo focado nestes pilares junto à juventude de uma comunidade ribeirinha de Porto Velho-RO. Propõem-se uma atividade conjunta baseada na Pedagogia da Autonomia em que provocaremos o público a questionar como aprendem sobre tecnologia, com quem aprendem e os motivos de aprenderem, como forma de reflexão ativa sobre o assunto; além de promover o debate sobre tecnologia, ensino, ancestralidade, regionalidades e afeto.


Em uma realidade onde o conflito de interesses entre o setor público e privado afeta diretamente os comos e porquês do ensino de tecnologia no Brasil, movimentos sociais e ativistas surgem com novos olhares para o assunto.
Em busca de metodologias que sejam envolventes ao mesmo tempo que emancipadoras, educadores surgem com dinâmicas baseadas no afeto como motor de aprendizado contínuo. Baseados nesta perspectiva, as formas mecânicas e com baixo engajamento encontradas em guias como a BNCC, dão lugar a atividades lúdicas e a importância dos saberes ancestrais como base.
Nesta atividade exploraremos desde os motivos de se aprender e como aprendemos, até as conexões, muita das vezes ignoradas, relacionadas aos afetos envolvidos no processo. Marcadores como território, acesso, faixa etária e demarcações de raça e gênero são usados como catalisadores para aproximar educador e educando de forma sincera e efetiva.
Com base na Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, a atividade visa dar enfoque à realidade concreta dos sujeitos e valorizar seus saberes. Buscando caminhar para uma educação tecnológica emancipadora que almeje não só o desenvolvimento da autonomia, mas também o desenvolvimento do pensamento crítico, antirracista, feminista, anti-LGBTQIA+fóbico, visando a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Como forma de conhecer melhor esse tipo de metodologia contaremos com a presença e exposição sobre o projeto TecnoAncestral, conduzido pelo C-Partes (Centro de Pesquisa e Ativismo de Rondônia sobre Tecnologia, Estado e SocioBiodiversidade) com apoio da ReFarma, que realizou um trabalho de campo focado nestes pilares junto à juventude de uma comunidade ribeirinha de Porto Velho-RO. Ademais, será proposta uma atividade conjunta em que provocaremos o público a questionar como aprendem, com quem aprendem e os motivos de aprenderem, como forma de reflexão ativa sobre o assunto, além de promover o debate.

Cientista social e professora pela Universidade Federal Fluminense, mestranda em Humanidades Digitais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e educadora popular de educação digital na ONG Futuroon em São Gonçalo no Rio de Janeiro. Foi selecionada como bolsista Youth Brasil 2024 do CGI.br. É pesquisadora no Observatório de Educação Digital Legal Grounds Institute, e pesquisador bolsista CAPES. Atua principalmente em pesquisas nas áreas de Sociologia Digital, Educação Digital e Colonialismo Digital.

Vice Diretora e Pesquisadora no C-PARTES. Mestranda em Filosofia (UNIR). Fellowship no Youth LACIGF 2024. Alumni da 16th South School on Internet Governance - SSIG e do Programa Youth 2025.

Mãe, Cientista da Computação, Diretora do TechMOV, Engenheira de Software e Pesquisadora no C-Partes.