16/05/2025 –, Alan Turing
Idioma: Português brasileiro
Pirataria de propriedade intelectual, contorno de paywall e acesso massivo a artigos científicos são práticas das BigTechs de IA defendidas por seus acionistas como necessárias para o desenvolvimento da tecnologia, mas no passado tais práticas eram criminalizadas e aqueles que as executavam eram perseguidos.
Esse painel tem como objetivo discutir essas práticas no âmbito da democratização versus centralização do conhecimento a partir da Inteligência Artificial.
Nesse painel, vamos conversar com pessoas de diferentes campos: ciência, jornalismo e cultura livre sobre como as bigtechs tem se valido de estratégias que foram usadas para democratizar conhecimento para centralizar o seu acesso atrás de ferramentas de tecnologia.
O painel tem o objetivo de:
Mobilizar a audiência e a esfera pública digital para a discussão em torno da regulação da IA no aspecto do acesso à informação e ao conhecimento;
Entender os desafios da apropriação de informação livre na internet em banco de dados usados para treinar sistemas de IA generativas;
Discutir os desafios econômicos e políticos da apropriação da informação jornalística e acadêmica nos sistemas de IA generativas e apontar caminhos para viabilidade do jornalismo e da pesquisa acadêmica num contexto de informação e conhecimento livre;
Examinar se as IAs generativas podem ampliar o acesso ao conhecimento e cultura livre, abordando práticas que possibilitem o compartilhamento aberto de conteúdo educacional, científico e cultural de forma inclusiva e acessível;
E de, outro lado, tratar dos riscos da ampliação irrestrita do acesso ao conhecimento e cultura livre via IA, discutindo como o uso indiscriminado de informações abertas pode comprometer a autoria, incentivar a desvalorização do trabalho criativo e educacional, além de gerar desafios para a sustentabilidade de setores que dependem da proteção de direitos autorais;
Conscientizar a audiência sobre os perigos da concentração de conhecimento em poucas empresas de IA, destacando como essa centralização limita o acesso à informação e amplia desigualdades no uso de tecnologias avançadas;
Destacar a importância de práticas como "quebra de paywall", "acesso em massa a artigos" e "cópia de propriedade intelectual" para democratizar o acesso ao conhecimento na rede, sobretudo num contexto local de maior precariedade e menos recursos por parte da população brasileira e do Sul Global;
Neste aspecto, é também objetivo debater as desigualdades tecnológicas globais e como políticas de governança, também no acesso à informação, podem mitigar os impactos assimétricos da IA no Sul Global;
Engenheiro e mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Membro do Instituto Aaron Swartz, programador e ativista responsável pelo projeto7c0 de documentação de discurso político na internet. Membro do grupo de trabalho de criptografia da ISOC-Brasil.
Jornalista e doutor em Comunicação, trabalha com comunicação e cultura digital desde 2008 a partir do BaixaCultura (https://baixacultura.org). É pesquisador e professor da Escola de Comunicação e Mídia (ECMI) da FGV, integrante do capítulo brasileiro do Creative Commons (https://br.creativecommons.net/) e da Coalizão Direitos na Rede.
Professora e divulgadora científica.
Jornalista na Alma Preta. Mestre em economia do trabalho. Doutoranda em demografia. Interessada em direitos humanos, tecnologia e dança de salão.