CryptoRave 2025

Rede, Renda e Resistência: Prestação de Serviços no Terceiro Setor
17/05/2025 , Ada Lovelace
Idioma: Português brasileiro

Esta mesa propõe um debate sobre os desafios e estratégias para fortalecer a segurança digital, os cuidados digitais, a governança e proteção de dados e a autonomia tecnológica das organizações do terceiro setor e de profissionais que prestam suporte a essas iniciativas. A discussão abordará a precarização de prestadorxs de serviços, a dependência do terceiro setor de infraestruturas centralizadas e o impacto da terceirização da tecnologia da informação sem um planejamento estratégico adequado.

Profissionais de tecnologia que atuam junto a movimentos sociais e organizações sem fins lucrativos enfrentam condições de trabalho instáveis e competição desleal com soluções corporativas que não atendem às necessidades de autonomia e segurança dessas organizações. A proposta desta mesa é explorar caminhos para fortalecer esse ecossistema, considerando modelos sustentáveis de suporte técnico e governança digital que garantam maior autonomia e segurança para as organizações e profissionais envolvides.


A adoção de tecnologias por movimentos sociais e organizações do terceiro setor enfrenta desafios estruturais, especialmente devido à fragmentação na escolha de ferramentas e à falta de suporte técnico especializado. Muitas dessas organizações dependem de soluções de big techs sem avaliar criticamente os riscos para a privacidade e a segurança digital. Enquanto isso, profissionais que prestam suporte a essas organizações enfrentam precarização, concorrência desigual e dificuldades na estruturação institucional.

Nosso objetivo é discutir como fortalecer esse ecossistema de prestação de serviços, garantindo que:

  • Organizações possam contar com suporte técnico especializado e integrado às suas operações;

  • Profissionais da área tenham condições dignas de trabalho, evitando sobrecarga e evasão para o setor privado;

  • A terceirização do TI seja reavaliada para garantir uma coordenação estratégica;

  • Infraestruturas autônomas sejam viáveis e sustentáveis, diminuindo a dependência de big techs;

  • Modelos de financiamento e filantropia sejam compatíveis com o desenvolvimento e manutenção de infraestruturas seguras e descentralizadas.

Eixos da Discussão:

  • Infraestruturas autônomas e soberania computacional

  • Terceirização de TI e integração tecnológica

  • Fortalecimento institucional dxs prestadorxs de serviços

  • Governança de dados e segurança digital

  • Sustentabilidade econômica e suporte contínuo

  • Estratégias para a profissionalização e institucionalização dxs prestadorxs

Formato da Mesa:

Mesa de discussão com falas iniciais dxs participantes, seguida de debate aberto e interativo com o público. O objetivo é criar um espaço de troca e articulação para fortalecer práticas de segurança e cuidados digitais, infraestrutura autônoma e organização dxs profissionais de tecnologia que atuam no terceiro setor e movimentos sociais.

Proponentes:

  • Mycelium Tecnologia – Lux Teixeira

  • Amadi Technology – Renato Racin

  • Outrxs parceirxs que serão convidadxs: nbits; rhatto/fluxo.info; rede transfeminista de cuidados digitais; vedetas/maria d'ajuda/marialab; cl4ndestina; arquivos táticos/i-motirõ/njira.tech entre outres.

Renato Racin
Entusiasta do software livre, trabalha com tecnologia há mais de 15 anos. Filósofo de formação, foi bolsista no Pimentalab (Unifesp), onde se aproximou de festivais como Flisol e Criptorave. Desde 2016, especializa-se no atendimento ao terceiro setor. Fundou a Amadi Technology em 2019, focando suporte, segurança/proteção de dados e infraestrutura autônoma.

Lux Teixeira
Hacker e ativista de direitos digitais, fundou a Mycelium Tecnologia, onde atende o terceiro setor com oficinas, treinamentos e construção de capacidades em segurança e cuidados digitais. Trabalhou com a Coding Rights, Digital Defenders Partnership e Instituto Nupef. Coorganizou a Criptofunk, no Rio.

Hacker e ativista de direitos digitais, fundou a Mycelium Tecnologia, onde atende o terceiro setor com oficinas, treinamentos e construção de capacidades em segurança e cuidados digitais. Trabalhou junto à Coding Rights, Digital Defenders Partnership e Instituto Nupef. Coorganizou a Criptofunk, no Rio.

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Midiáloga formada pela UNICAMP e especialista em automação e jornalismo de dados. Presta serviços de comunicação e tecnologia para o terceiro setor desde 2018. Atualmente é responsável pela área de Tech do Instituto AzMina.

Alguem que circula na internet, navega em grupos de software livre. Aprendi a costurar, ensaio bordar, faZo croche e as vezes soldo. Manipulando bits mas prefiro colher ervas.

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Parte de SysAdmins da Marialab, uma organização feminista sem fins lucrativos que atua na intersecção entre gênero, tecnologia e política. Contribui nas conversas sobre manutenção de infraestruturas feministas, na promoção de autonomia para mais pessoas dissidentes em assuntos ligados à tecnologia digital, compartilhando experiências e conhecimentos semeados coletivamente nesses quase 10 anos de atuação na Marialab e outros coletivos de tecnologia.