CryptoRave 2025

Precisamos falar de saúde digital, capitalismo e racismo: por uma crítica hacker-fanoniana
17/05/2025 , Tula Pilar
Idioma: Português brasileiro

Esta atividade mobiliza os conceitos de colonialismo digital, acumulação primitiva de dados e racialização codificada para refletir criticamente sobre o atual processo de digitalização da saúde no Brasil, enfatizando que o protagonismo predatório das Big Techs na definição e oferta de inovações tecnológicas representa uma ameaça ao direito universal ao saúde e ao conjunto de Sistema Único de Saúde


A introdução da robótica e das tecnologias informacionais no processo produtivo e na vida social no contexto da chamada globalização, suscitou a formulação de novas perguntas a respeito das relações entre tecnologia, sociedade e saúde. Essas perguntas têm sido reformuladas à luz das transformações tecnológicas que vieram a seguir. A velocidade e intensidade das mudanças em curso têm desafiado não apenas as formulações clássicas sobre a composição orgânica do capital, mas até as formulações que se pretendem contemporâneas sobre a relação entre saúde e sociedade. Neste debate, os
conceitos de colonialismo digital, acumulação primitiva de dados e racialização codificada serão mobilizados para refletir criticamente sobre o atual processo de digitalização da saúde no Brasil, enfatizando o protagonismo predatório das Big Techs na definição e oferta de inovações tecnológicas.

Walter Lippold é doutor em História pela UFRGS e editor da Proprietas. É pesquisador FAPERJ do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT Proprietas) da UFF. Membro do Grupo de Pesquisa História, Memória e Luta de Classes da UFF coordenando o tema História da Ciberguerra. É professor do Curso Uniafro da UFRGS e pesquisador de colonialismo digital, história da tecnologia, cibercultura, hacktivismo, da obra de Frantz Fanon e da história da Argélia. Membro do Coletivo Fanon, é autor de Fanon e Revolução Argelina e , junto com Deivison Faustino, escreveu o livro Colonialismo Digital: por uma crítica hacker-fanoniana (Boitempo, 2023)

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Graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, atuação profissional em
comunicação corporativa, projetos de impacto social, atividades de comunicação no setor industrial, produção de campanhas institucionais. Especialista em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Goiás IFG (2024). Atualmente mestranda no curso de Pós-graduação em Serviço Social e Políticas Sociais Universidade Federal de São Paulo UNIFESP - Campus Baixada Santista.

Sociólogo; Mestre em Ciências da Saúde/ Epidemiologia e Doutor em Sociologia. Atualmente é Professor do Departamento de Saúde e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da USP; integrante do Instituto Amma Psique e Negritude. Tem experiência com ensino, pesquisa e extensão nos temas Saúde e Racismo, Digitalização da Saúde, Educação das Relações Étnico-Raciais, Pensamento antirracista; Capitalismo e Racismo. É autor dos livros "Frantz Fanon: um revolucionário, particularmente negro" (2018), Frantz Fanon e as encruzilhadas: teoria, política e subjetividade (2022); O colonialismo digital: por uma crítica hacker-fanoniana (2023) e Balanço Afiado: estética e política em Jorge Ben (2023)