Arte e resistência: Máscaras, tecnologia e subversão do olhar
O Panóptico/CESeC propõe uma palestra com exibição de máscaras como estratégia de resistência à vigilância algorítmica. Inspiradas em concepções indígenas e africanas, essas máscaras questionam a visão hegemônica do rosto e exploram sua ressignificação como proteção mística, ancestral e política. A atividade discutirá as interseções entre estética, tecnologia e política, refletindo sobre o uso da arte como ferramenta de hackeamento e contestação dos regimes de visibilidade.
A vigilância digital tem transformado o rosto em um dado processável, reforçando dinâmicas de controle e aprofundando desigualdades, especialmente contra grupos minorizados. No Brasil, a rápida expansão do reconhecimento facial expõe milhões à vigilância em espaços públicos e privados, acelerando processos de exclusão e encarceramento. Além de denunciar esses impactos, a palestra busca fomentar alternativas criativas para resistir e reimaginar o papel do rosto na era da vigilância massiva, promovendo a luta por soberania digital e direitos fundamentais.